Na década de 80, a Fórmula 1 começava a ser uma das competições mais cobiçadas do automobilismo, pilotos como Nikki Lauda, Alain Prost, Nelson Piquet e Keke Rosberg voavam em suas máquinas, McLaren e Willians dominavam o campeonato nesta década, seguidas por Lotus e Ferrari, e era da McLaren um dos pilotos mais emblemático e famoso de toda a história do automobilismo, Ayrton Senna, um brasileiro que revolucionou o jeito de se correr, deixando todos comendo poeira por seu estilo de pilotagem agressivo e perigoso, mas que sempre mostrava o porque devia estar atrás dos volantes.
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Ayrton ainda criança com seu primeiro kart. |
Ayrton Senna da Silva nasceu na grande Sampa em 21 de março de 1960, aos 4 anos de idade, incentivado por seu pai, Ayrton começou no kart, treinando em Interlagos, foi aí que sua carreira no asfalto começou. Aos 9 já dirigia carros como Jeeps como um profissional, aos 13, em 1973 começou a competir profissionalmente no kart, apesar disso, só em 1977 conseguiu sua primeira vitória nas pistas, e desenvolveu seu gosto pelo pódio e a velocidade.
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O carro da Tolerman, extremamente limitado
comparado aos outros na categoria.
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Em 1981 saiu do Brasil, adotou o nome de solteira de sua mãe, Senna, e correu em campeonatos europeus como o Formula Ford 1600, Formula 3 e o Grande Premio da Macau, ganhando todos esses campeonatos. Apesar disso, em 1984, o paulista estreou na Formula 1 pela equipe Torleman, no seu terceiro GP marcou seu primeiro ponto no campeonato, três GPs depois, largando em 13° lugar, conseguiu chegar a terceiro, passou Nikki Lauda e quase tomou o topo do pódio de Alain Prost, devida a chuva na cidade de Mônaco, onde Senna iria triunfar pela primeira vez, apesar de passar Prost, a corrida foi interrompida e computada como uma volta antes da ultrapassagem, Senna em segundo, impressionava pela primeira vez.
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Ayrton em sua instável Lotus, onde começou
a fazer historia
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Em 1985, agora pela Lotus, conseguiu sua primeira vitória, no GP de Portugal, também ganhou sua segunda vitória no mesmo ano, no GP da Bélgica, Senna passou a ser o "rei das polis", mas nas corridas quase nunca terminava uma corrida, terminou o ano em segundo sem o bico de seu Lotus. No ano seguinte suas corridas foram boas, mas Prost e sua McLaren venceram o campeonato.
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Senna, Prost e Schummacher comemorando um de seus
vários p
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A real era de ouro de Ayrton começou em 1988, quando se juntou a sua rival na equipe da McLaren, corrida atrás de corrida eram sempre da McLaren, ou Prost ou Senna levavam o pódio, Prost foi para a Ferrari em 1990 e a rivalidade entre os dois só aumentava, os dois se culpavam por batidas, encostadas e esbarradas, sua diferença era sem dúvida bastante notada, Prost, como um bom francês, era extremamente metódico, fazia o mesmo percurso, como um computador, sem errar nenhum ângulo, já o brasileiro, parecia que transformava sua McLaren em um foguete, me lembro de meu pai me contando que em 1991 quando Senna ganhou pela primeira vez no Brasil, em Interlagos, na arquibancada, a McLaren parecia impossível de alcançar essa velocidade, ele parecia que fazia com que o carro virasse outra coisa. E infelizmente, foi em uma de suas grandes corridas, que seu fim precoce ocorreu.
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A McLaren com Senna levando a bandeira
após a vitória em Interlagos
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Em 1993, no GP de San Marino, Senna entrou na curva Tamburello, seu carro a 300 Km/h voava pela curva, uma das mais traiçoeiras de todo o campeonato. Seu carro, a confiante McLaren, possuía uma barra de direção quebrada, Senna perdeu o controle, desacelerou seu carro de 300 para 200 por hora quando percebeu que iria bater, mas infelizmente perdeu totalmente a direção de seu carro e bateu cinta as muretas laterais da pista, foi atendido de imediato e levado para o hospital, sendo que algumas horas após o acidente foi declarado morto, os danos em seu sistema nervoso foram severos demais, até para ele.
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O logo de seu legado com seu capacete, seu maior símbolo. |
Apesar de sua morte, Senna mostrou que era um herói dedicando grande parte de sua herança ao instituto Ayrton Senna, que atualmente oferece suporte para crianças em situação de pobreza que precisam de apoio, esse sem duvida virou não só um gesto heroico, mas sim um grande legado deixado por um rápido garoto do bairro de Santana, que apesar de morrer aos 34 anos, deixou sua marca no automobilismo e no mundo.
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